Rentabilidade atrativa e alto retorno financeiro são alguns dos fatores que fazem com que a plantação de Mogno Africano tenha alto potencial para investimentos. Leia mais!
O Mogno Africano (Khaya grandifoliola) produz madeira de qualidade de tom rosado e castanho-avermelhado, tem apresentado grande potencial econômico frente ao mercado nacional e internacional. Neste artigo sobre plantação de mogno africano, vamos demonstrar detalhes da espécie, suas utilidades e expectativas de mercado.
Origem da plantação de mogno africano
O mogno africano é uma espécie exótica, nativa da África, pertencente à família botânica Meliaceae, que é a mesma do mogno nativo da Amazônia (Swietenia macrophylla), da andiroba (Carapa guianensis) e do cedro (Cedrela fissilis).
São três espécies mais conhecidas entre os estudiosos: Khaya Grandifoliola (antigo Ivorensis), Khaya Anthoteca e Khaya Senegalensis. A mais cultivada em plantios comerciais é a Khaya Grandifoliola (antigo Ivorensis), devido ao rápido crescimento e rendimento na produção de madeira nobre.
No Brasil, a árvore foi introduzida em meados de 1976 em Belém do Pará na Embrapa Amazônia Oriental. Atualmente, é possível encontrar plantios mais organizados em diversas regiões do Brasil, porém, as árvores ainda são jovens e encontram-se em fase de crescimento.
Características da plantação de mogno africano
Dentre as principais características positivas do Mogno Africano está o fato da madeira produzida ser considerada nobre; o tempo de crescimento da espécie ser mais rápido em relação a outras da mesma categoria e o grande potencial da rentabilidade financeira.
A espécie chega à maturação entre o 13º e 15º ano, fornecendo uma madeira de alta qualidade com tom rosado e castanho-avermelhado. Em florestas naturais a espécie pode chegar a 200 cm de DAP (Diâmetro à Altura do peito) e 50 m de altura.
A alta resistência da madeira a pragas também ganha evidência entre os produtores. O mogno africano resiste ao ataque de pragas e doenças comuns em outras espécies, como por exemplo, a doença que divide o tronco ao meio e a broca do ponteiro. Alguns fatos merecem um maior cuidado no plantio, como a formiga cortadeira e o mato que pode crescer e competir com as árvores. Dois casos que podem ser facilmente controlados com a aplicação de formicidas e capina.
Em relação à rentabilidade financeira, cada hectare de Mogno Africano plantado para produção de madeira para exportação, pode render uma receita de mais de meio milhão de reais até o final de seu ciclo. Estudos desenvolvidos pelo IBF, apresenta que a taxa interna de retorno (TIR) seja entre 15 e 25% no final de seu ciclo, sendo descontados deste valor o imposto e é considerado a venda da madeira em pé.
Mercado com alto potencial
Existe hoje uma crescente demanda por madeira tropical, que leva a novos investimentos em plantios comerciais. No Brasil já ultrapassam 40 mil hectares plantados da espécie, com idades que variam entre 0 a 40 anos.
É possível pensar que com um crescimento tão exponencial de plantio poderia haver riscos de inflar o mercado internacional. Porém, esse é fato a não ser considerado, uma vez que existe o fenômeno chamado apagão florestal. O Apagão Florestal consiste na diminuição de áreas privadas para produção e extração de madeiras, e o aumento na demanda por madeiras nobres serradas.
Em relatório publicado em 2019 pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, Apex-Brasil apresenta que em 2017 as exportações brasileiras de madeira para os Estados Unidos alcançaram US$202 milhões, o que representou 2,7% das importações realizadas pelo país. Dentre as espécies exportadas, a madeira serrada tropical foi responsável por 39,3% do comércio.
O relatório ainda revela que o Brasil é líder no comércio desse tipo de madeira com os Estados Unidos, uma vez que representa 45% das importações do país em 2017.
Outros países também vêm se destacando na exportação aos Estados Unidos, como Mianmar com o crescimento médio anual de 162%, Indonésia com crescimento de 10,4% entre 2014 e 2017. Os dois países foram responsáveis pela importação de 12,2% da madeira serrada em 2017 pelos Estados Unidos.
Além dos Estados Unidos, outros países também apresentam crescimento de demanda da madeira tropical, representando o aumento do mercado internacional.
Já no Brasil, segundo o Serviço Florestal Brasileiro, atualmente (2019) foram extraídos mais de 10 milhões de metros cúbicos de madeira dura tropical para atender à indústria, sendo que a demanda deve chegar a 21 milhões em 2030, por outro lado a oferta reduzirá para 5 milhões, gerando um déficit de 16 milhões de metros cúbicos.
A madeira de mogno africano possuí alto potencial e por ser apreciada no mercado internacional é comprada principalmente pelos países europeus e norte americanos. Esses países apresentam moedas mais estáveis como o dólar e euro. Por este fator o ativo florestal possui um hedge natural para a inflação.
Esses dados demonstram como o mercado nacional e internacional tem avançado na utilização da madeira e o plantio é uma oportunidade para atender a demanda de forma sustentável e equilibrada.
Utilidade do Mogno Africano
Se o mercado de madeiras nobres tem crescido é porque a utilidade da madeira também vem se destacando. O mogno africano é procurado pela qualidade e beleza da madeira que resulta em produtos luxuosos e resistentes.
A espécie é utilizada em indústrias moveleiras, construção civil, instrumentos musicais, indústria naval e até por fabricantes de aviões.
Podemos citar alguns exemplos como o Piano de Calda da F228, fabricado pela Fazioli. O piano é produzido utilizando uma das partes mais valiosas da árvore, a ‘capela’ que possui características únicas de beleza.
Outro exemplo é o helicóptero sikorsky S76-B que possui o assoalho coberto de Mogno Africano, que se estende até o teto e também o barco produzido pela Van Dam, modelo Gage-Hacker after 3.
Móveis luxuosos também são produzidos com o Mogno Africano. A beleza da espécie faz com que os itens se tornem verdadeiras esculturas. Podemos citar móveis arrematados em leilões como a poltrona produzida pelo designer Hugo França e o aparador produzido pelo designer Paulo Alves.
Muitos outros produtos já têm como base a madeira nobre do Mogno Africano, o que faz com que a demanda pela madeira também aumente no decorrer do tempo.
Polo Florestal do Mogno Africano no Brasil
No Brasil já existe plantação de Mogno Africano em todo território. O estado de Minas Gerais concentra um dos maiores polos produtivos de florestas da espécie na região central do estado, no município de Pompéu.
Foi reconhecendo o grande potencial econômico do Mogno Africano e a crescente demanda do mercado madeireiro, que o polo florestal foi desenvolvido. O local é indicado para todos que desejam realizar o investimento do Mogno Africano, sem precisar despender de tempo e conhecimento na área de silvicultura.
O projeto conta com mais de 4.000 hectares de áreas selecionadas e aptas para o cultivo da espécie, uma vez que a região possui grandes fazendas com áreas já desenvolvidas e altos índices de produtividade, com clima e solo favoráveis para o Mogno Africano.
A aptidão florestal da área colabora diretamente para o custo reduzido, uma vez que o cultivo é realizado em grande escala.
Para o plantio em Pompéu, MG, o IBFlorestas desenvolveu um projeto de investimento que inclui todas as etapas de um reflorestamento comercial profissional. Ao fazer parte do Polo Florestal, além de se tornar um produtor de mogno africano sem precisar ser um especialista do ramo, o investidor se torna dono da terra.
Alto potencial econômico
Apresentamos aqui diversas características do Mogno Africano, que o levam a ser destaque entre muitas opções de plantios comerciais. O grande fato, é que além do crescimento da demanda no mercado e a espécie produzir madeira de qualidade em um menor tempo, a receita de uma plantação pode chegar a meio milhão de reais para um hectare, como apresentado.
Espécie de grande potencial econômico, vai ao encontro das necessidades ambientais e atende diretamente ao crescimento do mercado por madeiras nobres tropicais. Benefícios que levam o Mogno Africano, a se destacar entre os investidores.