Se você deseja iniciar o investimento nessa área, deve estar se questionando o valor. Descubra quanto custa para plantar um hectare de Mogno Africano!
Se você já ouviu falar nas vantagens do Mogno Africano como alternativa de diversificação e deseja iniciar o investimento nessa área, deve estar se perguntando: “Qual será o custo de plantio de Mogno Africano por hectare?”. Se você quer saber a resposta para essa dúvida, continue a leitura que nós iremos esclarecê-la.
Custo inicial de plantio de Mogno Africano
Diversos fatores influenciam no custo inicial de plantio de Mogno Africano (Khaya grandifoliola), como a localização da propriedade, nível de manejo aplicado, preço de insumos, mão de obra, espécie de muda, espaçamento, entre outros.
O espaçamento recomendado em plantios puros do Mogno Africano destinados à produção de madeira para serraria é aquele que apresenta a melhor relação custo benefício para o negócio florestal.
Atualmente o número de indivíduos recomendado é de 833 a 1.800 por hectare.
A percepção de volume de madeira na colheita não se altera quando comparada aos espaçamentos de 3 x 2 ou 3,5 x 1,7 ou 2,5 x 3,5 metros, devido a preservação do mesmo número de indivíduos nos desbastes finais.
De acordo com os valores médios dos plantios já realizados e baseados também nestes espaçamentos, podemos calcular os custos iniciais por hectare.
Para plantar em área própria, o aporte inicial para implantar 1 hectare de Mogno Africano gira em torno de R$40.000,00. Esse valor refere-se somente à correção de solo, aquisição das mudas e a mão de obra para o plantio.
As atividades de manutenção, deve ser estimadas a parte, pois os valores variam de acordo com a disponibilidade de profissionais para realizar a operação e a quantidade de árvores plantadas.
Custo de manutenção
O custo de plantio de Mogno Africano por hectare também engloba a sua manutenção que corresponde aos custos aplicados nos anos seguintes após o plantio. Assim, a manutenção deve ser um processo contínuo para evitar que ocorra qualquer fator que impossibilite o bom desenvolvimento das árvores e o sucesso da floresta.
A manutenção deverá ser realizada com mais frequência até que ocorra o completo recobrimento da área pelas árvores. Situação que pode ocorrer em três anos pós plantio se as ações de implantação forem bem conduzidas e de forma sistemática, contemplando:
- Avaliação e mensuração: a atividade de avaliação e medição pode ser realizada anualmente para determinar as taxas de incremento e produtividade. Também é realizada como indicação de áreas de aumento de competição e indicação de desbastes de seleção nos sítios que já ocorreu o aumento da competição ou quando a produtividade do povoamento atinge o ponto máximo.
- Adubação: avaliando outras necessidades e prioridades da floresta pode-se realizar aplicação de fertilizantes. Esta “dose extra de fertilizante” é para garantir melhor arranque inicial das plantas. Mas se elas já estiverem atingindo o crescimento satisfatório nos próximos dias essa adubação torna-se desnecessária.
- Controle do mato nas entrelinhas: deve ser constante para reduzir a matocompetição. Esse controle, evita o fogo acidental. É preciso dar prioridade nas áreas dominadas por plantas alelopáticas como a braquiária e outras que produzem substâncias que podem afetar o desenvolvimento das árvores quando em contato com suas raízes.
- Poda de ramos laterais e bifurcações: Deverá ser realizada desde o início do desenvolvimento das mudas. Com o objetivo obter árvores com fuste comercial, variando de 8 a 12 metros de altura.
Custo de Plantio x Lucratividade
Vamos agora demonstrar uma breve simulação para um plantio inicial de 01 hectare em 4 x 3 ou 3 x 2 ou 3,5 x 1,7 ou 2,5 x 3,5 metros Entre o quarto e o décimo ano são realizados dois desbastes, colhendo toras ainda jovens para finalidade comum. Isso deve acontecer, pois é preciso deixar apenas as árvores melhores formadas, de fustes retilíneos com o objetivo de obter maior crescimento no diâmetro e o aspecto de esbeltez desejada.
O corte raso do Mogno Africano acontece entre o 17° e o 25° ano com a extração do restante das árvores. Neste estágio o valor desta madeira em pé pode variar de €281 até €750 para cada metro cúbico. Isso conforme à dimensão, qualidade das toras e distância do comprador. Estimativas mostram que cada hectare de Mogno Africano plantado pode render ao investidor mais de R$1,5 milhão até o final do seu ciclo.
Segundo informações do relatório divulgado pelo The International Tropical Timber Organization (ITTO), a madeira de Mogno Africano seca ao livre que em 2009 era comercializada a 595 euros o m³, passou a ser negociada a 1239 euros o m³ em 2022, apresentando uma valorização de 108,24% no período.
Os valores correspondem a madeira serrada, comercializada nas espessuras de FAS 25 a 100mm x 150mm up x 2.4m up.
*Informações obtidas em julho/2022.
Além disso, o Payback do projeto é considerado em função da maturidade biológica das árvores, (quando é considerado madeira madura) que acontece a partir do 13º ano da floresta.
Assim em uma situação de necessidade de caixa, é possível fazer a antecipação do desbaste para obter receitas e pagar o investimento. Dessa forma, o retorno mínimo seria após à maturação das toras, pois antes desta data as receitas serão apenas da madeira jovem que poderá cobrir parte das despesas.
Considerando o fluxo de caixa do projeto florestal (impostos, custos e receitas) um projeto florestal manejado adequadamente poderá alcançar uma TIR (Taxa Interna de Retorno) superior a 18% ao ano ao final do ciclo florestal.