Diferenças entre o Mogno Africano e Mogno Brasileiro
Você sabia que o Mogno é proibido no mercado nacional? Calma, não precisa se preocupar. Existem dois tipos de Mogno e apenas um deles é proibido.
Essa confusão entre os dois tipos de Mognos é comum, tanto no mercado nacional quanto pelos estudiosos do assunto. Para que você não se confunda, vamos explicar neste artigo as principais diferenças entre o Mogno Africano e o Mogno Brasileiro.
Mogno Brasileiro: o tesouro proibido
O Mogno Brasileiro (Swietenia macrophylla) é uma árvore nativa da floresta amazônica, mais recorrente no sul do Pará. Ela também pode ser encontrada no Acre, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia e Tocantins. Porém, países como México e Peru também registram a ocorrência dessa espécie.
A árvore está presente em floresta clímax, de terra firme e argilosa. O seu crescimento é rápido, podendo alcançar 4 metros de altura com apenas 2 anos de idade. A largura do tronco varia entre 50 e 80 cm de diâmetro.
O Mogno Brasileiro floresce nos meses novembro e janeiro. Seus frutos amadurecem no mês de setembro e se prolongam até meados de novembro. A árvore pode ser usada como ornamental para a arborização de parques e jardins.
A principal praga do Mogno Brasileiro é a lagarta Hypsypyla grandella, conhecida como broca-do-mogno. Ela ataca a árvore, impedindo seu desenvolvimento, especialmente em áreas de reflorestamento, onde a densidade é muito maior que na floresta. Por isso, plantar outras espécies de árvores por perto pode amenizar os efeitos negativos da broca-do-mogno.
O Mogno Brasileiro é um tipo de madeira nobre e ele é apreciado pela sua facilidade com que é trabalhado, pela estabilidade e duração. Depois de polida, a madeira apresenta um aspecto castanho-avermelhado brilhante que chama atenção pela beleza.
Por isso, essa madeira nobre pode ser utilizada em mobiliário de luxo, objetos de adorno, painéis, acabamentos internos etc. O Mogno Brasileiro também pode ser usado para produção de instrumentos musicais, principalmente em guitarras e violões, pelo timbre característico e ressonância sonora, que tende ao médio-grave.
Pelo fato do Mogno Brasileiro ter todas as essas características, ele é altamente cobiçado pelo mercado madeireiro. Mas o Mogno Brasileiro corre sério risco de extinção. Um dos motivos é a extração de madeira predatória e clandestina que causa grande devastação da floresta amazônica, tudo isso por causa de seu preço elevado no mercado internacional, principalmente.
“O metro cúbico da espécie alcança até US$ 3 mil (R$ 10,8 mil) no mercado internacional. É três vezes mais que o preço de outras madeiras nativas igualmente resistentes, como cumaru e sucupira, e 60 vezes o valor do metro cúbico de espécies como pinus e eucalipto, comuns em florestas plantadas”, segundo a revista Época Negócios.
De acordo com a WWF-Brasil, a espécie já desapareceu de grandes áreas da Amazônia e resiste apenas em regiões de difícil acesso e em áreas protegidas. Porém, mesmo as áreas protegidas não intimidam madeireiros ilegais, que abrem estradas na mata em busca das valiosas árvores de Mogno Brasileiro. A derrubada ilegal e arraste da madeira leva à destruição de até 30 árvores próximas, o que agrava ainda mais o desmatamento.
Por essa razão, o Mogno Brasileiro não pode ser explorado, o transportado e comercializado no Brasil desde outubro de 2001, graças à Instrução Normativa, editada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Devido a essa proibição, os interessados no mercado madeireiro precisaram buscar outras opções legalizadas para substituir o Mogno Brasileiro. A alternativa foi encontrada no Mogno Africano. Ele é uma grande oportunidade para investir em madeira nobre e também apresenta característica do mesmo padrão e similares ao Brasileiro, o que supre as necessidades do mercado nacional e internacional.
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Mogno Africano: o melhor investimento
O Mogno Africano (Khaya grandifoliola) é uma árvore de origem africana e pertencente à família botânica Meliaceae, mesma família do Mogno Brasileiro, da Andiroba e do Cedro.
A espécie foi introduzida no Brasil inicialmente no norte do país por meio de sementes doadas pelo Ministro da Agricultura da Costa do Marfim ao pesquisador Ítalo Falesi no ano de 1976. Porém, somente em 1989 as árvores desse plantio se reproduziram e permitiram a difusão da espécie no país. Suas principais espécies são a Khaya grandifoliola (antiga Khaya ivorensis), Khaya senegalensis e Khaya anthoteca.
De acordo com o engenheiro agrônomo Urano de Carvalho em consultoria para o Globo Rural, entre essas espécies conhecidas pela denominação genérica de Mogno Africano, a K. ivorensis/grandifoliola é a que tem apresentado melhor desenvolvimento, seguida da Khaya anthoteca. Apesar de contar com bom crescimento, a Khaya senegalensis esgalha bastante e não conta com fuste (tronco) reto, aspectos que interferem no uso da madeira.
Ademais, a qualidade da madeira sendo a K. ivorensis/grandifoliola também tem se destacado devido ao crescimento e rendimento na produção de madeira nobre. Afinal, ela possui grande potencial econômico para comercialização interna e externa, podendo ser empregada na indústria moveleira, naval, construção civil, painéis e laminados, entre outros usos.
Além disso, “a expectativa de retorno financeiro a longo prazo desses investimentos é alta, por causa da relativa resistência às pragas e doenças, devido à adaptação edafoclimática, ao rápido crescimento e às propriedades da madeira,” conforme a dissertação de mestrado em Ciências Florestais na Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) desenvolvida por João Gabriel Missia da Silva.
Atualmente o Mogno Africano é uma das principais madeiras nobres cultivada no Brasil. Nosso país tem cerca de 40 mil hectares plantados. Esse grande investimento é justificado, pois o valor de mercado que pode chegar até € 600,00 m³ da madeira em pé.
Portanto, como citado anteriormente, devido às restrições impostas ao comércio do Mogno Brasileiro, à semelhança entre as propriedades da madeira das diferentes espécies de mogno e, aliada a alta resistência ao ataque da lagarta Hypsiphyla grandella, principal praga do Mogno Brasileiro, os plantios de Mogno Africano se expandiram em diferentes regiões do país.
Ainda que não seja exigida uma licença ambiental para o plantio e exploração da madeira de Mogno Africano, procure órgãos ambientais para realizar o informe de seu plantio.
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Confira outras diferenças entre o Mogno Brasileiro e o Africano no vídeo a seguir:
O que é Mogno Africano?
O Mogno Africano é uma árvore de origem africana e pertencente à família botânica Meliaceae, mesma família do Mogno Brasileiro, da Andiroba e do Cedro.
A espécie foi introduzida no Brasil inicialmente no norte do país no ano de 1976 e hoje é uma das espécies mais cultivadas em reflorestamento comercial.
Qual a lucratividade do Mogno Africano?
O Mogno Africano possui alta lucratividade, podendo em 18 anos ultrapassar 1 milhão de reais no cultivo de um hectare. Atualmente é considerada uma das espécies de retorno mais rápido e também mais lucrativa.
Por que o Mogno Brasileiro não é indicado para reflorestamento comercial?
O Mogno Brasileiro não pode ser explorado, transportado e comercializado no Brasil desde outubro de 2001, graças à Instrução Normativa, editada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Devido a essa proibição, os interessados no mercado madeireiro precisaram buscar outras opções legalizadas para substituir o Mogno Brasileiro. A alternativa foi encontrada no Mogno Africano.