Florestas Comerciais
O plantio de florestas comerciais possui um papel importante para a economia e para o nosso meio ambiente. Com a matéria prima oriunda dessas árvores, é possível produzir insumos essenciais para os indivíduos como energia, papel, móveis etc. Esses plantios também são importantes para atuar na diminuição das pressões sobre florestas nativas. E para conseguir essa lucratividade e sustentabilidade, vamos apresentar pontos cruciais para você entender como este negócio funciona.
O início das florestas comerciais
Segundo o Sistema Nacional de Informações Florestais (SNIF), há mais de um século o Brasil iniciou o plantio de florestas comerciais. O pioneiro foi Navarro de Andrade, que trouxe em 1903 mudas de Eucalipto (Eucalyptus spp.) para plantar as árvores que produziriam madeira para dormentes das estradas de ferro.
Em 1947, chegou o Pinus (Pinus spp.). Essas espécies tornaram-se alternativas viáveis para suprimir a demanda de madeira, uma vez que os recursos da Mata Atlântica estavam sendo devastados.
Mas o plantio de floresta comercial começou a ganhar mais repercussão a partir do Código Florestal Brasileiro, Lei Federal 4.771 de 16 de setembro de 1965. Essa legislação determina que todas as indústrias consumidoras de matéria prima florestal, como madeira e seus derivados, são obrigadas a reflorestar o equivalente ao consumido.
Já as políticas de incentivos fiscais para reflorestamento chegaram na década de 70. Isso colaborou com a ampliação considerável do estoque de madeira advindas dos plantios comerciais. A partir disso investiu-se em pesquisas sobre silvicultura dessas espécies, o que ajudou a consolidar o plantio de florestas comerciais.
Esses plantios são realizados, em sua maior parte, em sistema de monocultura. As pesquisas estão avançando na área de sistemas agroflorestais e silvipastoris que têm apresentado resultados positivos nos aspectos econômicos, ambientais e sociais.
De acordo com a SNIF, hoje nosso país possui as melhores tecnologias na silvicultura de eucalipto, atingindo cerca de 60m³/ha de produtividade, em rotações de sete anos. Existem plantios comerciais de outras espécies, como Mogno Africano (Khaya grandifoliola), Acácia (Acacia mearnsii), Seringueira (Hevea spp.), Teca (Tectona grandis), Paricá (Schizolobium parahyba), Araucária (Araucaria angustifólia) e Álamo (Populus sp.).
Por onde começar o plantio das florestas comerciais
Para iniciar o plantio de florestas comerciais em um estabelecimento agrícola é preciso um planejamento criterioso. Esse planejamento precisa ter como base o levantamento de informações técnicas e econômicas, pois os retornos financeiros dos plantios de florestas comerciais levam mais tempo que os dos cultivos agrícolas anuais.
O investimento também deve ser analisado como uma atividade com fins comerciais. Por isso, é indispensável que haja uma fase de planejamento, onde deverá ser definida:
- Espécie a ser plantada;
- Tamanho da área;
- Localização do plantio em relação ao mercado consumidor;
- Avaliação de múltiplos produtos da floresta, preços atuais e tendências futuras;
- Avaliação do tempo de retorno do investimento.
Ademais, vale ressaltar que antes de investir é preciso conhecer as tecnologias e metodologias disponíveis, para saber a melhor forma de implantar e manejar os povoamentos florestais. Afinal, todo esse esforço é para o plantio de floresta comercial que será uma alternativa para melhorar os ganhos econômicos do produtor.
Além disso, de acordo com SNIF, os benefícios ecológicos desses plantios são consideráveis, pois elas têm algumas funções importantes como:
- Diminuição da pressão sobre florestas nativas;
- Reaproveitamento de terras degradadas pela agricultura;
- Sequestro de carbono;
- Proteção do solo e da água;
- Ciclos de rotação mais curtos em relação aos países com clima temperado;
- Maior homogeneidade dos produtos, facilitando a adequação de máquinas na indústria.
Como escolher a espécie a ser plantada
Escolher a espécie para o plantio de floresta comercial é uma dúvida constante para aqueles que estão começando esse negócio. Mas não há muito segredo, desde que sejam considerados alguns fatores como o valor econômico do mercado consumidor, clima, solo, mudas etc.
No que diz respeito ao clima e solo, segundo o Portal Agronegócio Online, existem espécies que se adaptam melhor ao solo mais seco ou mais úmido, arenoso, etc. Algumas espécies preferem climas frios, outras só produzem com muito calor.
Outras exigem altitudes mais baixas ou mais elevadas. Normalmente as espécies climaxes requerem um solo mais rico em adubação. Com uma boa literatura é possível obter muitos destes dados.
Sobre as mudas para o plantio de florestas comerciais é recomendado atenção ao método da produção, pois isso pode resultar em problemas ao longo do tempo. Por exemplo, mudas produzidas em estufas não apresentam resistência suficiente para enfrentar intempéries do campo.
Por isso, nunca deixe de verificar se a muda é climatizada e rustificada. É necessário que ela seja desenvolvida em ambiente que simula todas as possíveis ocorrências que podem surgir no campo. Assim, ela já apresentará maior resistência do que as outras que não passaram por esse processo.
Também é importante conferir se as raízes das mudas estão bem formadas. Ao retirar a muda do tubete ou vaso, você deve conseguir ver as raízes rustificadas da planta. Isto significa que ela está pronta para ir a campo.
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As espécies mais utilizadas
Em relação ao valor econômico, muitos produtores são atraídos pelo Eucalipto e o Pinus, pois são espécies conhecidas no mercado e muito versáteis, transformando-se em insumos para diversos fins. Entretanto, por serem vastamente exploradas, o valor de mercado dessas árvores é menor comparado com outras espécies.
Por exemplo, o Mogno Africano pode ser até 32 vezes mais rentável do que o eucalipto. Para se ter uma ideia, a partir do 17º já é possível fazer o corte raso do Mogno Africano e o valor de mercado de sua madeira em pé pode girar em torno de € 600,00 para cada metro cúbico. Já o Eucalipto tem seu metro cúbico é vendido a R$ 77,50 reais aos 7 anos de idade.
Além disso, de acordo com o engenheiro agrônomo da Embrapa Urano de Carvalho, em entrevista ao Globo Rural, o Mogno Africano tem bom desenvolvimento em solos de terra firme, preferencialmente em locais com clima tropical úmido, mas também se adapta bem a regiões de clima subtropical. Ou seja, ela consegue se desenvolver em quase todas as partes do Brasil.
Tendo em vista as vantagens do Mogno Africano, em relação às outras espécies, podemos perceber que ele é uma árvore que pode trazer bons benefícios financeiros e menores riscos para aqueles que desejam iniciar o plantio de árvores comerciais.
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