O que são madeiras nobres?
Para o senso comum, madeira é apenas madeira. Mas isso não é verdade, o tipo e a qualidade da madeira importa muito no mercado madeireiro. De modo amplo, podemos dizer que existem dois tipos de madeiras: a comum e a nobre.
A dureza e a densidade é a principal diferença entre a madeira comum e a madeira nobre. Tais características resultam na finalidade e na durabilidade do item que será construído com a madeira e isso também implica em seu valor de mercado.
Saber a diferença entre as madeiras também é essencial para fazer melhores escolhas: desde os itens feitos de madeira, como móveis para a casa, até qual o tipo de árvore escolher para iniciar um investimento florestal. No caso do investimento é ainda mais importante, já que conhecer essas diferenças ajudará a trazer maiores retornos financeiros e evitará transtornos futuros.
Quer saber mais sobre madeiras nobres? No texto a seguir, você descobrirá mais sobre esse ouro verde.
Madeira Nobre ou Madeira de Lei?
A madeira nobre também pode ser chamada de ‘madeira de lei’, pois em tempos em que o Brasil era colônia de Portugal, a Coroa publicou uma lei proibindo o corte de árvores consideradas nobres. Assim surgiu a expressão ‘madeira de lei’, que foi dada para designar os tipos de árvores que só poderiam ser cortadas com a permissão da coroa portuguesa.
Até hoje esse termo voltado à lei ainda existe. De acordo com o CREA-SC, o conceito correto para madeira de lei está associado àquelas extraídas das florestas e que cumprem a legislação e técnicas do manejo sustentável.
Essa legislação restringe o acesso à madeira nobre, que é controlado por leis ambientais para evitar o desmatamento de florestas nativas, extração predatória e evitar o desaparecimento de algumas espécies que correm risco de extinção.
A alternativa para realizar a extração de madeiras nobres de forma legal é por meio das florestas comerciais. Por isso, muitos produtores e investidores estão investindo em florestas de plantio comercial, principalmente no que diz respeito às árvores de madeiras nobres.
As Características da Madeira Nobre
A primeira madeira nobre do país foi o Pau-brasil. Atualmente, as madeiras nobres são aquelas que possuem características de resistência ao ataque de insetos, cupins, fungos, além de beleza. Essas espécies costumam ter crescimento mais lento e são mais duras, de acordo com o Clube da Madeira. Devido à essas características, elas possuem um alto valor de mercado interno e externo.
Sobre as cores, as madeiras nobres têm tons marcantes que vai do bege-amarelado passando pelo amarelo, marrom escuro e avermelhado, como é o caso da madeira do Mogno Africano, que é apreciado também no mercado do luxo devido à sua beleza.
Esse aspecto estético da madeira nobre significa que ela tem um bom comportamento tecnológico e é isento de odor. Caso ela exale algum cheiro, será agradável, qualificando-a para construções civis como casas, janelas e escadas.
Outra vantagem da madeira nobre é o fato dela ser mais resistente. Conforme a maturação acontece, é natural que o tronco da árvore se torne mais firme, já que o alburno (a camada mais clara e macia que existe ao redor do tronco) vai diminuindo.
O alburno diminui e dá lugar ao cerne, que é a parte do núcleo do tronco. Ele produz substâncias químicas, as quais protegem o tronco do ataque de insetos e fungos. A superfície da madeira nobre costuma ser lisa e lustrosa, além de ter pouca distinção entre o cerne e o alburno.
Por isso, a madeira de lei que tem menos alburno é mais pesada e forte, podendo sobreviver por centenas de anos devido à essas substâncias que protegem o tronco. Essa resistência também pode ser aplicada à água, tanto que a madeira nobre também é ainda muito usada na construção naval.
O Mercado de Madeiras Nobres
O mercado madeireiro sempre foi lucrativo, principalmente por causa dos altos valores das madeiras nobres. Por isso a comercialização dessas madeiras extraídas de florestas de plantio comercial é rentável. Com as florestas comerciais é possível realizar um manejo adequado, fazer o corte e comercialização da madeira de forma correta e legalizada.
Além disso, segundo a Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), é possível obter lucros indiretos ajudando o meio ambiente com o mercado de carbono, incentivando a redução de poluição da atmosfera com a retirada do gás carbônico. Desse modo, no Brasil os incentivos e também divulgação do plantio de florestas cresceram muito nos últimos anos.
No Brasil existem diversas espécies nobres nativas, como:
- Pau-Brasil (Caesalpiniaechinata);
- Cedrinho (Erismauncinatum);
- Acácia (Acaciamangium);
- Peroba rosa (Aspidospermapolyneuron);
- Jequitibá (Carinianalegalis), entre outras espécies.
Entretanto, atualmente tem destacado o cultivo de espécies exóticas, como o Mogno Africano que se adaptou bem ao Brasil. O manejo da espécie é mais simples do que as espécies nativas, além de ter boa cotação no mercado e a expectativa de lucro ser maior, principalmente na época de colheita.
Ademais, há uma legislação mais rígida (Código Florestal – Lei 4771/65) em relação às espécies nobres nativas que dificultando seu corte, devido à exploração predatória das florestas brasileiras. Já as florestas de espécie exótica como o Mogno Africano não sofrem com essa burocracia, já que seu plantio costuma ser para fins comerciais.
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Mogno Africano: uma madeira nobre
O mercado nacional e internacional aprecia a madeira nobre advinda do Mogno Africano devido às características tecnológicas e à beleza da madeira, o que torna seu uso bastante diversificado. Além disso, essa madeira nobre é de durabilidade, fácil de trabalhar e secar.
O alburno tem coloração marrom-amarelada e o cerne marrom-avermelhado. Essa beleza torna o Mogno Africano de espécie Khaya ivorensis ainda mais cobiçado.
A madeira desta espécie é muito usada na produção de instrumentos musicais pelo seu timbre característico e ressonância sonora, que tendem ao médio-grave, notadas em guitarras e violões e em alguns tambores percussivos.
Outro uso é para a confecção de mobiliário de luxo, objetos de adorno, painéis, lambris, réguas de cálculo, esquadrias, folhas faqueadas decorativas e laminados, contraplacados especiais, acabamentos internos em construção civil como guarnições, venezianas, rodapés, molduras, assoalhos, etc.
Nesse artigo, vimos que a madeira nobre é apreciada há séculos e isso não mudou nos dias atuais. Essa apreciação faz com que o mercado madeireiro continue sendo muito lucrativo. Uma espécie que produz madeira nobre de qualidade, beleza e valor agregado é o Mogno Africano.
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Confira mais detalhes sobre a diferença da madeira nobre e a madeira comum no vídeo a seguir: