Dicas para plantar Mogno Africano
Apesar do Mogno Africano (Khaya grandifoliola) ser conhecido por se adaptar em quase todos os solos do Brasil e ser de fácil manejo, o seu plantio precisa ser realizado com devidos cuidados, atenção e planejamento. Somente assim seu processo de implantação terá um grande índice de pegamento. Para que o seu investimento seja um sucesso, fizemos uma lista com sete dicas para plantar Mogno Africano. Confira!
1° Dica: Realize análise do solo
Se você já tem o local onde fará o plantio ou está procurando por um, tenha em mente que deverá fazer a análise solo para verificar se ele é adequado para o Mogno Africano. Nesse caso, o solo precisa ter um perfil profundo e sem camadas que impeçam o desenvolvimento do sistema radicular. Em solos encharcados ou extremamente secos não é viável o plantio. O ideal é que o solo seja de terra firme.
Além desse estudo mais simples, é importante fazer a coleta, análise laboratorial e a interpretação dos resultados. A partir disso será possível perceber se o solo tem boas propriedades químicas e determinar se haverá necessidade do uso de fertilizantes.
Por meio da análise também é possível saber qual é o tipo de textura do solo. Isso é importante porque há solos que são mais argilosos e outros mais arenosos, dependendo da textura haverá procedimentos diferentes no manejo.
Outro diagnóstico importante é quanto a topografia. O mais recomendável são os terrenos planos por conta do uso de maquinários mais barato e fácil. É possível também realizar plantios em topografias acidentadas, mas é importante ter ciência que haverá dificuldade na operação do plantio e o manejo pós-plantio.
2° Dica: Atente-se aos fatores climáticos
O clima tropical úmido e subtropical são os recomendados pelos especialistas para o cultivo de Mogno Africano. Mas é importante também levar em consideração os fatores climáticos da época em que o plantio será realizado.
As épocas chuvosas são as ideais para plantar Mogno Africano, porém é preciso se atentar para a chuva em excesso. Se o solo se tornar lamacento, será impossível o plantio mecanizado e, em algumas situações, o plantio será inviável mesmo pelo método manual, já que o Mogno Africano não se desenvolve em solos assim.
Mas o contrário também não é bom. Quando há período muito longo sem chuvas, a estiagem torna o solo extremamente seco, dificultando o rompimento da terra para sulcagem ou a abertura das covas.
3° Dica: contratação de equipe
Você pode ser o contratante direto da equipe de obra que inclui cargos como: técnico/encarregado de campo, operadores de tratores e máquinas e operários de serviços gerais. Mas também pode terceirizar esse serviço de implantação, com a contratação uma empresa especializada que tenha uma melhor opção de custo/benefício em relação aos valores da equipe própria.
Mas vale lembrar que na esfera trabalhista, em relação aos serviços de terceiros, você será coobrigado a cumprir os direitos decorrentes do vínculo empregatício entre a contratada e os seus trabalhadores que estão envolvidos no plantio. Por isso é importante o monitoramento dos subcontratos das terceirizadas. O tempo de implantação depende da quantidade de operários e método utilizado (mecanizado ou manual).
4° Dica: Realize a limpeza do terreno
Antes de iniciar o plantio de Mogno Africano, é preciso tirar o mato que possivelmente haverá no local. Para isso, pode-se fazer da forma manual usando foices e facões ou remover quimicamente, que consiste na aplicação de herbicida com o uso uma bomba costal.
A quantidade do produto para aplicar por hectare na remoção química varia de acordo com o volume de material vegetal encontrado no local. Para saber a quantidade correta, consulte um profissional especializado. Não esqueça que, por tratar-se de materiais tóxicos, é sempre necessário a utilização dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) durante a aplicação.
Se você optar pelo método mecanizado e o mato presente no local ultrapassar 30 cm de altura, é possível fazer remoção mecanizada com uma roçadeira acoplada ao trator. Essa roçada exige menos mão de obra e é mais rápida do que a manual, levando apenas de 30 minutos a 2 horas por hectare. Caso o local tenha tocos, raízes, pedras e rochas no local, remova-os antes de iniciar a limpeza mecanizada para não danificar o maquinário.
5° Dica: qualidade das mudas
Ao fazer a aquisição das mudas de Mogno Africano, deve-se atentar para que o material genético seja seminal, de boa procedência e de viveiros credenciados junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) com o Registro Nacional de Mudas e Sementes (RENASEM). No Brasil, os estudos de plantios de mudas clonais, ainda não foram consolidados, não garantindo um bom desenvolvimento das árvores para uso comercial.
Além disso, as mudas devem ser novas, eretas e sadias (sem danos físicos e/ou ataques de doenças e insetos-praga). Adicionalmente, devem possuir sistemas radiculares bem formados, sem enovelamentos e serem devidamente rustificadas. Em geral, o tamanho padrão de expedição das mudas é de 25,00 cm a 30,00 cm, com presença de seis a oito pares de folhas e sistema radicular bem formado.
Utilize mudas de tubetes plásticos de 290 cm³. Os tubetes evitam o enovelamento das raízes causado pelo cultivo em saquinhos Como o tempo médio de formação de mudas é de seis meses, é importante que o produtor realize a encomenda das mudas com antecedência ao plantio.
6° Dica: controle de competidores e pragas
Inicie uma roçada antes do preparo do solo (vide limpeza do solo) para controle de pragas. Continue pelo período necessário para combater as gramíneas nas áreas, juntamente com as atividades de manutenção da área.
É importante deixar claro que chamamos de “competidoras” toda e qualquer espécie que possa prejudicar o desenvolvimento do Mogno Africano. Assim, as espécies competidoras podem ser desde gramíneas exóticas agressivas, até lianas (trepadeiras) em desequilíbrio ou mesmo espécies arbóreas exóticas e nativas.
As diferentes espécies de gramíneas que são encontradas nas áreas podem variar bastante em volume de massa vegetal, sendo que em muitos casos será necessário inicialmente diminuir a altura e volume dessa massa. Para isso, pode ser mais eficiente a aplicação do herbicida e a utilização de outros métodos de controle de competidores como a capina manual ou coroamento.
Apesar do Mogno Africano não ter muitos inimigos, não negligencie as pragas. As principais são as formigas dos gêneros Atta (saúvas) e Acromyrmex (quenquéns), bem como de abelhas urupuás e cupins podem atacar as mudas ou as árvores em qualquer idade.
Mas todos esses insetos podem ser combatidos com os mesmos inseticidas, podendo variar conforme a intensidade do ataque. Por isso, sempre mantenha o monitoramento do povoamento para controle imediato.
7° Dica: o melhor método para plantar Mogno Africano
Muitos produtores iniciantes ficam em dúvida se o melhor método de plantio é o manual ou o mecanizado. A resposta é simples: depende. O melhor método é baseado partir das características geográficas e climáticas do local onde será feito o projeto florestal do Mogno Africano.
Geralmente o método mecanizado é a preferência pelos produtores por oferecer agilidade, mas nem sempre é possível usá-lo. Se o local estiver lamacento, não é possível plantar com máquinas. Dependendo também da topografia do terreno e demasiada quantidade de rochas e tocos, inviabiliza o método mecanizado por danificar ou até mesmo tombar o maquinário.
Apesar do uso mecanizado ser tentador por oferecer um plantio mais ágil, evite o uso excessivo, pois pode compactar o solo. Além disso, operação manual é indispensável para regiões de difícil acesso e muito íngremes. Portanto, o melhor método para plantar Mogno Africano é aquele que for mais apropriado para as condições geográficas e climáticas do local.
Seguindo essas dicas, você estará mais preparado para iniciar o seu investimento em Mogno Africano com mais assertividade! Além disso, o IBFlorestas tem profissionais para ajudar em todas as etapas do seu investimento.
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